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A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) retoma o projeto de implantação do Parque Científico e Tecnológico de Juiz de Fora e Região (PCTJFR) a partir de recurso liberado pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) em setembro de 2020. O projeto, que tem como objetivo a construção de um ambiente de integração entre instituições de ensino e pesquisa, empresas e governo, teve início em 2005 e, desde então, enfrenta trâmites legais para se concretizar. 

De acordo com Ignacio Delgado, diretor do Centro Regional de Inovação e Transferência de Tecnologia (Critt), o recurso liberado pela Finep será utilizado, dentre outras ações, para a edificação da sede do PCTJFR no campus de Juiz de Fora, em área próxima ao Critt. “Vamos ampliar as atividades já desenvolvidas pelo Critt, definindo um sistema de governança que integre outras agências do poder público, representantes do empresariado, além de empresas que também poderão se instalar no local”, destaca. 

O projeto será retomado com um novo arranjo: a governança e atividades que hoje se desenvolvem no Critt permanecem na sede no campus. Já o espaço do Centro Integrado de Ensino, Pesquisa, Extensão, Transferência de Tecnologia e Cultura (CIEPTEC-UFJF Norte) cedido à UFJF em maio de 2020 – vai abrigar pesquisas em parcerias com empresas, além das iniciativas a serem definidas em todas as demais áreas de atuação da UFJF, conforme definido no projeto de utilização do espaço. O terreno próximo do Km-790 da BR-040, adquirido em 2008, permanece à disposição para instalação de empresas de maior porte dispostas a desenvolver parcerias com o universo acadêmico de Juiz de Fora, sob a supervisão do PCTJFR.

Histórico

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A construção de um espaço que integre empresas e núcleos de pesquisa da UFJF é uma antiga aspiração da Universidade e da comunidade de Juiz de Fora e região. A criação do Critt, em 1995, já sinalizava nesta direção. Em 2005, o Conselho Superior definiu que o campus da UFJF era um parque tecnológico e em 2007 foram iniciadas ações para um projeto distinto, com a construção de uma área para o Parque Científico e Tecnológico de Juiz de Fora e Região (PCTJFR), próxima ao Km 790 da BR-040. 

Em 2012 foi lançada uma licitação para a obra, com recursos de um empenho do MEC. O Tribunal de Contas da União embargou a licitação e apenas em 2014 ela pode ser retomada, mas este atraso afastou a empresa vencedora do processo e, à época, a reitoria não lançou nova licitação. A partir de 2016, as pendências relativas ao processo de licenciamento ambiental e demais providências para a obra do Parque foram encaminhadas pela Diretoria de Inovação e por uma Comissão para Acompanhamento da Implantação do Parque Tecnológico da UFJF, designada pelo reitor por meio da Portaria n° 799, de 03 de julho de 2017. Não houve, contudo, apesar de solicitação da UFJF, em 2017, liberação, pelo governo federal, dos recursos empenhados em 2012 para a obra de infraestrutura. Em 2018 caducou a possibilidade de seu uso. 

De acordo com Fabrício Campos, presidente da comissão, os esforços iniciais na retomada das atividades de implantação do PCTJFR foram direcionados à liquidação das pendências relativas à ocupação da área disponível no Km 790 da BR-040, resultando no atendimento de todos os requisitos para o licenciamento ambiental. “Por isso, obtivemos a liberação para a implantação do Prédio Sede e prospecções e para a celebração de novas parcerias com empresas para ocupar os espaços disponíveis e trazer retorno para o desenvolvimento de toda a Zona da Mata e região”, revela

Parque Científico e Tecnológico

“Os parques tecnológicos abrigam empresas que possuem produção que se vale de pesquisas, colocando-as em contato direto com universidades e dando origem a um ambiente criativo e inovador, tendo a tecnologia como ponto focal de seus negócios”, afirma Campos. Segundo Ignacio Delgado, o que difere um parque tecnológico de um distrito industrial é uma gestão voltada à inovação, que estabelece estratégias para integração entre as empresas, com as instituições de ensino e pesquisa, além de serviços especializados para apoiar a competitividade e inovação das residentes neste ambiente.

Rede de Interação do PCTJFR

No Ciepetec-UFJF Norte, a perspectiva é atrair projetos em áreas que revelem, de imediato, conexão com as expertises mais destacadas da Universidade, intensivas em conhecimento e tecnologia. No momento, por exemplo, a UFJF, a Prefeitura de Juiz de Fora e a empresa inglesa Greenfuels, firmaram um acordo para a operação de uma unidade experimental de produção de biodiesel. “Eu penso que na área de energias renováveis, segmentos do complexo econômico e industrial da saúde (equipamentos médico-odontológicos e medicamentos) e soluções ferroviárias temos um enorme potencial para a busca de parcerias que, no Cipetec-UFJF Norte, atuariam em projetos de menor porte”, destaca Delgado.

Já a área da BR-040, o PCTJFR –  além de ser um espaço para a colaboração entre Universidade, empresas e poder público – é também um projeto que dispõe de uma dimensão imobiliária. O PCTJFR pode ceder espaços para empresas que realizem projetos em parceria com a UFJF. “O foco essencial das atividades de um parque tecnológico, contudo, é aproximar o conhecimento científico do universo produtivo, para elevar o potencial de inovação das empresas, acentuar a transferência de tecnologia e promover o desenvolvimento de Juiz de Fora e região”, lembra Delgado.

Atividades do PCTJFR.

O diretor do Critt lembra que a Zona da Mata Mineira já liderou a economia estadual, mas, desde 1930, vem perdendo posição relativa com a exposição de seus produtos tradicionais à competição com outras regiões do país. Até aqui, a estratégia perseguida para reverter esse quadro tem sido a atração de investimentos, com poucas conexões com fornecedores locais e com a rede de pesquisa que a região construiu. De acordo com Delgado, essa rede de pesquisa é o principal ativo de que dispõe Juiz de Fora para a redenção da economia da cidade e região. “A colaboração entre universidade, empresas e poder público vai favorecer a revitalização de setores tradicionais, pode colaborar para a recuperação de áreas degradadas no mundo rural além de germinar e atrair investimentos intensivos em tecnologia, que elevem a produção de riqueza, gerem postos de trabalho mais qualificados, acentuem a competividade da economia regional e redesenhem nosso futuro. O PCTJFR é parte importante deste esforço”, conclui.

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