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Já foi controlado o incêndio criminoso que destruiu, em quase três dias, 173 hectares da Reserva Biológica de Araras, em Petrópolis, região serrana do Rio. O fogo começou quando um homem, de 66 anos, ateou fogo no próprio carro para receber o seguro do veículo e acabou provocando o incêndio de grandes proporções. A Justiça negou o pedido de liberdade para o acusado, que foi encaminhado para a cadeia pública de Benfica, zona norte do Rio.

O juiz Antônio Luiz da Fonseca Luchese, da Central de Audiência de Custódia da Comarca da Capital, converteu em preventiva a prisão em flagrante de Heli Barroso Martins, de 66 anos, em preventiva. Na decisão, o magistrado afirmou que Heli teria apresentado diversas versões na delegacia ao registrar o roubo do veículo, despertando desconfiança entre os policiais.

Os investigadores pediram acesso às imagens de segurança de um posto de gasolina e constataram que, no dia anterior, o indiciado comprou combustível numa garrafa pet. Segundo a polícia, isso indicaria a intenção de queimar o veículo. A defesa do acusado pediu a nulidade do procedimento em razão de o indiciado apresentar problemas de saúde e pertencer ao grupo de risco para a covid-19, mas não obteve êxito porque os laudos apresentados não comprovam as afirmações.

Outros incêndios

Outro incêndio, também criminoso, no mesmo dia, atingiu uma área de 47 hectares no Parque Nacional da Serra dos Órgãos (Parnasa). O fogo começou na noite de segunda-feira (27), na região do Cobiçado, em Petrópolis, no início da travessia Cobiçado x Ventania. As chamas avançaram rapidamente para dentro da área protegida, mas já está controlado. Cada hectare equivale a aproximadamente um campo de futebol.

Um terceiro incêndio, de causas não identificadas, também no início da semana, destruiu 30 hectares de Mata Atlântica, no Taquaril, região onde se encontra um vale de agricultores localizado no município de Petrópolis, distrito de Pedro do Rio, que forma o Circuito Turístico Pedras do Taquaril. É uma região de rara beleza natural, cercada por serras a lestes e a oeste, onde se destaca a Pedra do Elefante, montanha com 1600 metros de altitude de onde o visitante tem uma vista privilegiada das cidades de Petrópolis e Teresópolis. O foco de incêndio já está controlado.

Chuva

Na região serrana já chove em alguns pontos e começou a esfriar, com a mudança no tempo, iniciada na madrugada de hoje (29). As informações são do tenente-coronel Gil Kempers, comandante do 15º Grupamento do Corpo de Bombeiros, instalado em Petrópolis. Ele comandou pessoalmente às equipes de combate ao controle dos focos de incêndio. As ações na região serrana contaram com o apoio de mais de 20 viaturas, drones e um helicóptero. Participaram da força-tarefa mais de 100 bombeiros, guarda parques, brigadistas e agentes de órgãos externos, entre eles Inea (Instituto Estadual do Ambiente), ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), Defesa Civil e Guarda Civil de Petrópolis.

De acordo com o comandante, o helicóptero já retornou para o Rio e as equipes que trabalham no alto da serra estão em número reduzido, apenas fazendo o monitoramento da área para evitar que surjam novos focos de fogo. “Com a frente fria e a chuva, prevista para as próximas horas, o trabalho de limpeza na região estará concluído”, afirmou o tenente-coronel Gil Kempers. Segundo ele, “somente nos últimos dois meses, foram registrados 120 incêndios florestais em Petrópolis. No ano passado, entre abril e setembro, foram 196 casos. Segundo nossas estatísticas, 98% das queimadas na cidade são causadas pelo homem, ou seja, são situações que podem e devem ser evitadas”, disse.

Edição: Nádia Franco

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