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Uma celebração diferente, mas adequada ao momento. Nesta terça-feira, 23 de junho, são comemorados os 199 anos de nascimento do comendador Mariano Procópio Ferreira Lage (1821-1872) e 99 anos da inauguração oficial da instituição que leva seu nome. O Museu “Mariano Procópio”, assim como todas estas instituições, no mundo inteiro, busca, hoje em dia, adequar suas atividades ao meio digital, como forma de promover a difusão do seu acervo, história e memórias afetivas do público com o espaço. Assim como vem sido feito nos últimos meses, com conteúdos criados para a web, a data não poderia passar em branco, e, por isso, a comemoração segue nas redes sociais, com vídeo destacando curiosidades do espaço de memória e da figura histórica.

Mariano Procópio Ferreira Lage nasceu na Chácara do Matinho, em Barbacena, Minas Gerais, filho do capitão Mariano José Ferreira Armond e de dona Maria José de Sant`Ana. Casou-se em 1851 com Maria Amália Coelho de Castro, tendo vários filhos, como Elisa (morreu ainda muito jovem), Frederico e Alfredo, além de outros, que não chegaram à idade adulta. Herdando o capital político, simbólico e financeiro de sua família, Mariano se destacou na economia e na política do segundo reinado brasileiro, sobretudo por conta da aproximação com a poderosa elite mercantil, frequentadora da Corte (Rio de Janeiro), e dos laços tecidos com a família Imperial.

Responsável pela construção da Estrada União e Indústria, o engenheiro e empreendedor Mariano Procópio Ferreira Lage tinha bom relacionamento com o Imperador Dom Pedro II, que aprovou o projeto de ligação entre as cidades da região e Petrópolis. A iniciativa garantiu a exploração comercial, por 50 anos, da estrada. Além disso, Mariano atuou em outras frentes, sendo considerado empresário influente, destacando-se entre as principais figuras da época.

O surgimento do Museu

A casa de veraneio dos Ferreira Lage, ou “Castelinho”, como alguns gostam de chamar, foi construída inicialmente para hospedar o imperador e sua comitiva, durante a inauguração da Estrada União e Indústria, em 1861. Mas o prédio não foi finalizado a tempo, e optou-se em recebê-los na chácara da família. Alfredo Ferreira Lage, filho de Mariano, tinha gosto pelo colecionismo desde cedo, e ao longo de sua vida foi adquirindo obras de artes e itens variados para seu acervo pessoal. Em 1915 já recebia visitantes na Villa. Na época, o local era conhecido como “Museu Ferreira Lage”. Mas a inauguração oficial ampliou o número de visitantes, e o local passou a contar com outras pessoas para ajudar na recepção. E a data de 23 de junho foi especialmente escolhida por Alfredo para celebrar o centenário de nascimento de seu pai.

Com o aumento de seu acervo, Alfredo começou a enfrentar desafios vivenciados por outros colecionadores. Além de espaço adequado para acomodar as milhares de peças dos mais variados contextos, ele já se preocupava com o acesso e o resguardo dos objetos, para que, após sua morte, não se perdessem. A ampliação das peças de Alfredo levou à construção de um prédio anexo, a galeria de belas-artes, inaugurada em 13 de maio de 1922. É a primeira edificação brasileira construída com finalidade de ser museu. O planejamento de arte, onde se destacam o lanternim e a claraboia, é de Rodolpho Bernardelli.

A instituição vai além do contexto histórico e cultural. Está na memória afetiva do juiz-forano, que visita o local não somente para a apreciação das obras de artes, mas aproveitando as possibilidades de todos os espaços e ambientes do Museu. Ali são realizados, periodicamente, eventos dos mais variados, como forma de aproximação de todos os públicos, não apenas por faixa etária, mas por gostos, com ações voltadas à prática de esportes, cuidado com a saúde, música, dança e brincadeiras, dentre outras atividades.

Foto:Divulgação PJF

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