O governador Romeu Zema destacou, durante pronunciamento virtual na tarde desta terça-feira (16/6) que a estrutura hospitalar do Estado está voltada para o controle e atendimento a pacientes da covid-19, inclusive na capital. Ao fazer um retrospecto do início da pandemia para cá, Zema destacou que a rede estadual de Saúde, especialmente os hospitais Júlia Kubitschek e Eduardo de Menezes, tiveram unidades de UTI ampliadas. “Hoje, temos 13,2% de ocupação nos leitos de UTI em Minas Gerais, número que não é tão confortável quando há 45/60 dias, quando tínhamos 5%/6% dos leitos ocupados, mas que ainda representa um bom colchão de segurança em relação à capacidade de atendimento aos pacientes de covid-19”, garantiu.
Rede Fhemig
Em Belo Horizonte, dois hospitais estaduais são referência e estão atendendo casos de covid-19: O Eduardo de Menezes e o Júlia Kubitschek. Em todo o estado, a Rede Fhemig conta com 20 unidades (confira a lista aqui: www.fhemig.mg.gov.br).
O Hospital Eduardo de Menezes (HEM), na capital, conta com 81 leitos, sendo 36 de UTI, e o Hospital Júlia Kubitschek (HJK) com 235 leitos, sendo 22 de UTI. Entre os pacientes internados no HEM, 70% são provenientes de BH e 30% do interior.
De acordo com a administração da Fhemig, desde o mês de janeiro deste ano, estudos têm avaliado a capacidade máxima na oferta de leitos e equipes assistenciais das unidades. A primeira versão do Plano de Capacidade Plena Hospitalar foi publicada em 20/3.
Ações
O plano prevê a expansão de leitos na rede por “ondas” e foi dessa forma que o HEM se tornou totalmente dedicado à covid-19, com aumento de 200% dos leitos de CTI.
Além disso, foram abertos 40 novos leitos de UTI exclusivos para covid-19 nos hospitais Regional Antônio Dias (Patos de Minas); Regional João Penido (Juiz de Fora), Regional de Barbacena e Júlia Kubitschek, na capital.
Também está planejada a abertura de até 318 leitos de cuidados intensivos para covid-19, caso haja demanda. Paralelamente à estrutura, se faz necessária a realização de chamamentos emergenciais para reforçar as equipes clínicas diante do aumento do número de casos e, ainda, a execução de obras para adequação das unidades.
Hospital de Campanha
Romeu Zema destacou ainda que muito tem se falado sobre a abertura do Hospital de Campanha do Expominas, que já está pronto e tem a capacidade instalada para receber 768 pacientes.
No entanto, ele explicou que a unidade só será acionada em caso de necessidade, uma demanda que ainda não existe. “Estamos ampliando continuamente o número de leitos de UTI no estado. E isso porque pacientes que dão entrada em um hospital sabem que ali terão acesso a muito mais recursos necessários para o atendimento complementar, a exemplo de exames, em comparação a um hospital de campanha. Reforço, mais uma vez, que a unidade montada no Expominas está apta a começar a funcionar tão logo seja necessário”.
O governador ressaltou que, como a estrutura de Saúde mineira, principalmente os hospitais da Fhemig, estão concentrados em Belo Horizonte, historicamente os pacientes do interior buscam tratamento de maior complexidade na capital. “A alegação de que a capital está sobrecarregada, devido a vinda de pacientes de covid do interior para os hospitais do estado, não procede. Essa demanda é histórica”, afirmou.
Gestão compartilhada
No dia 6 de junho, foi publicado no Diário oficial do Estado aviso de qualificação de organizações sociais para celebração de contrato de gestão compartilhada do Hospital de Campanha montado no Expominas.
Nos próximos dias será publicado chamamento público para seleção da organização parceira, com critérios definidos em edital. O objetivo da unidade é promover o atendimento à população em caso de saturação do sistema de Saúde de Minas Gerais em razão da pandemia da covid-19. A estrutura já está concluída e os leitos serão ativados de acordo com a demanda.