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O combate à pandemia da Covid-19 exige, da Secretaria de Estado de Minas Gerais (SES-MG), expertise para aliar eficiência nos resultados – menor número de mortes possível – à máxima racionalidade no uso dos recursos disponíveis. Nesta lógica, está inserida a abertura do Hospital de Campanha (Expominas).

Segundo o secretário da SES-MG, Carlos Eduardo Amaral – neurocirurgião e especialista em Gestão Hospitalar e Segurança do Paciente – o hospital de Campanha é um equipamento de baixa complexidade, portanto, com maioria de leitos não aptos ao funcionamento como UTIs. Exatamente nesta categoria a ocupação é mais intensa. Este percentual é indicado pelo software de regulação SUS-Fácil, e a SES-MG também controla a ocupação por meio de monitoramento constante entre a Superintendência Estadual de Saúde e hospitais cadastrados.

“O que nos preocupa é a sobrecarga de demanda para leitos de UTI. Por isso estamos trabalhando sempre para abrir novos destes leitos no interior; recentemente foram abertos mais de 140. É importante ressaltar que leito de UTI não pode ser aberto em todo lugar. Exige unidade hospitalar e equipes treinadas para lidar com pacientes graves. Abre-se leito de UTI onde há expertise para isso”, pontuou o secretário de Saúde. Uma das macrorregionais favorecidas pela abertura de novos leitos foi a Jequitinhonha, que recebeu 10 respiradores para UTI. Já a macrorregional Vale do Aço habilitou 35 novos leitos: 17 em Ipatinga e 18 em Governador Valadares.

Desde março, a SES-MG vem cumprindo intensa agenda de ações e investimentos para estruturação e qualificação da rede de saúde das macrorregionais para assistência à população. Razão pela qual, de acordo com Carlos Eduardo Amaral, apesar do alto índice de ocupação de leitos de UTI – que estão em 90,36%, com 438 pessoas internadas no estado -não há uma sobrecarga no sistema que demande a abertura do hospital de Campanha. Fazê-lo seria, até mesmo, sob o ponto de vista de gestão de saúde hospitalar, uma imprudência. “Seria um gasto alto com hospital ocioso. Além disso, seria uma estratégia equivocada colocar em funcionamento 800 leitos de uma vez. Significaria uma falha na política de distanciamento social”, enfatizou Carlos Eduardo Amaral.

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Para a abertura do hospital de Campanha, pronto em abril, a SES-MG desenvolveu um planejamento em cinco etapas, que só deverão se cumprir caso sejam esgotadas as possibilidades de tratamento e internação na rede pública, com a indisponibilidade de leitos na macrorregião. O que, até o momento, não é necessário. “Estamos 100% focados no combate à pandemia. A SES-MG tem toda noção da seriedade e dos riscos desta pandemia. Estamos conduzindo o trabalho com qualidade. Proporcionalmente a outros estados não tivemos demanda assistencial tão grande. Isso nos mostra que estamos a direção correta.”

Atualmente, estão cadastrados no SUS fácil e com produção 12.928 leitos clínicos e 2.964 leitos de UTI. Em relação aos leitos clínicos, são 1.363 pessoas internadas em decorrência da Covid-19, ou por suspeita da doença, com taxa de ocupação está em 10,90%. A taxa de ocupação geral de leitos clínicos está em 74,57%.

Por Raquel Ayres

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