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O secretário-geral do Estado, Mateus Simões, anunciou, durante coletiva de imprensa virtual nesta quarta-feira (17/6), na Cidade Administrativa, que o sistema de saúde da capital ganhará mais 23 leitos de UTI. A expansão será feita no Hospital Julia Kubitscheck, da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), em parceria com a Polícia Militar do Estado de Minas Gerais (PMMG).

Durante seu pronunciamento, o secretário chamou atenção para o empenho do governo para equipar e ampliar os leitos. “O Estado tem conseguido, com muito esforço, garantir condição de assistência em todo o seu território. Tivemos uma expansão de cerca de 1 mil leitos de alta complexidade credenciados no SUS, adquirimos e consertamos 1,5 mil respiradores. Além disso, ontem o governador anunciou mais 500 respiradores e 79 leitos de UTI no interior”, enfatizou.

“É para isso que a Rede Fhemig tem se dedicado ao longo de semanas, meses, inclusive com a expansão de leitos clínicos no Hospital Galba Veloso, na capital. E o nosso Hospital de Campanha poderá ser acionado a qualquer momento em que haja a saturação dos leitos clínicos em Belo Horizonte”, adiantou.

Alerta

No entanto, Mateus Simões afirmou que, nos últimos dias, foi observada uma deterioração do quadro de contágio da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), o que causa uma preocupação no Governo de Minas. A capital e as cidades da RMBH são as que apresentam os maiores índices de contágio.

“Nas últimas semanas a curva se agravou após decisões de reabertura divorciadas dos protocolos do Plano Minas Consciente adotadas na capital e no seu entorno. Insisto que os prefeitos observem que temos um protocolo de qualidade e segurança para garantir que as pessoas que estiverem em circulação estejam dentro de critério sanitários que não exponham as outras pessoas ao risco. A abertura dos shoppings populares há 15 dias já está cobrando seu preço”, observou.

O secretário lembrou que foram prometidos, inicialmente, por meio de um compromisso assumido pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) publicamente, a expansão de mais de 1 mil leitos.

“Nada disso foi efetivamente implantado. Da previsão inicial de expansão de UTIs nós contamos com um pouco mais de 25% da expansão que havia sido comprometida pela PBH”, recordou.

Diálogo

De acordo com Mateus Simões, vem crescendo nos últimos dias um questionamento sobre a velocidade de abertura do Hospital de Campanha. “Isso demonstra uma insegurança por parte das autoridades municipais sobre a capacidade de atendimento na RMBH fornecida pelos municípios. O Estado não vai virar as costas para esse problema, ao contrário”, afirmou.

Entretanto, o secretário solicitou que as autoridades municipais se manifestem sobre as dificuldades que estão enfrentando, para que o Estado possa ajudar BH e o entorno como tem ajudado o interior.

“Falta medicação? É preciso que a gente seja informado para tentar buscar uma solução para aliviar os hospitais. Faltam respiradores? Que nos seja alertado, porque nós temos fornecido respiradores para a expansão da capacidade de atendimento em toda Minas Gerais, inclusive em Belo Horizonte, para os hospitais da Rede Fhemig e também filantrópicos conveniados”.

Para Simões, é muito importante, neste momento, que a postura seja colaborativa. “A minha presença aqui hoje é para ressaltar a plena disposição e disponibilidade do Estado de Minas Gerais de continuar acompanhando as necessidades municipais. De continuar o nosso papel de protagonismo de condução da expansão da capacidade de assistência à Saúde no Estado”, explicou.

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