Atletas paralímpicos demonstram atividades em videoaulas gratuitas
O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) lançou uma plataforma virtual com atividades físicas voltadas a pessoas com deficiência, sejam elas acostumadas ou não a praticar exercícios. A iniciativa, batizada de “Movimente-se”, consiste em videoaulas gratuitas, acessíveis no site Movimento Paralímpico, ministradas pelos técnicos das seleções do CPB e demonstrada por atletas paralímpicos.
Segundo Mizael Conrado, presidente do CPB, a ideia é incentivar a prática de exercícios para aprimorar a saúde física e mental de pessoas com deficiência. “Esse é o grupo mais afetado nesse momento de isolamento social. Uma parte importante integra o grupo de risco [do novo coronavírus], como lesionados medulares, cadeirantes por ocasião de paralisia cerebral e cegos, que utilizam muito o tato e ficam expostos ao vírus. Além disso, em sua maioria, são pessoas que integram um grupo social onde é comum utilizar o transporte público, o que as torna vulneráveis, devido à aglomeração. Queremos contemplar essas pessoas e fazer com que possam se movimentar em suas casas e recuperar a auto estima”, explicou, à Agência Brasil.
Na primeira etapa, o programa terá seis módulos, sendo um por semana, disponibilizado às segundas-feiras. As aulas englobam aquecimento, exercício propriamente dito e relaxamento pós-atividades. Além disso, são específicas para cada deficiência: amputados, paralisados cerebrais, cadeirantes e deficientes visuais, sendo que estes últimos terão dois vídeos, um com audiodescrição e outro legendado (baixa visão). Destaques do atletismo, como Vinícius Rodrigues (amputado), Felipe Gomes (deficiente visual) e Veronica Hipolito (paralisia cerebral), além do nadador Roberto Alcalde (cadeirante), demonstram os movimentos no conteúdo inicial.
A intenção do CPB, de acordo com Conrado, é que a plataforma , em um segundo momento, vá além do incentivo às atividades físicas. “Inauguramos com algo extremamente importante e que está em nosso DNA, que é o esporte, mas a ideia é conectar o Comitê com as pessoas com deficiência no Brasil, atletas ou não. Oferecer outros serviços, como capacitação, informação e integração, ter um canal permanente. Pretendemos buscar parceiros para integrarem essa plataforma”, concluiu.
Edição: Cláudia Soares Rodrigues