A segunda (3) foi de apresentações. Enquanto o Flamengo apresentava o espanhol Domènec Torrent como novo treinador, do outro lado do Atlântico, em Lisboa, o Benfica fazia o mesmo com Jorge Jesus. No primeiro discurso como comandante dos Encarnados, o Mister rogou por união, falou com carinho do antigo clube e esquivou-se do papel de salvador da pátria.
“Vim para o Benfica porque acredito em um projeto, porque acredito que essa nação tem todas as condições de fazer o Benfica grande, recuperar o prestígio internacional que teve durante muitos anos”, explicou o português de 66 anos, enfatizando que assinou contrato por dois anos, negando que tenha voltado à terra natal para se aposentar ou ganhar mais dinheiro.
“Para sair de onde saí, onde me amavam, me adoravam, tinha que ser convencido por algo que me trouxesse um desafio diferente. E foi isso, o presidente [do Benfica] foi ao Brasil para me convencer que esse era o projeto certo, ambicioso, para eu continuar em Portugal”, declarou Jesus sobre a participação do dirigente Luis Felipe Vieira em fazê-lo deixar o Flamengo, sem deixar de agradecer o amor e a amizade que a torcida rubro-negra dedicou a ele.
O Mister já comandou os Águias em dois períodos anteriores: entre 2009 e 2010, e entre 2014 e 2015. Neste período conquistou 10 títulos. Porém, mesmo com retrospecto tão positivo, parte da torcida não simpatiza com Jesus, que é um torcedor declarado do rival Sporting. “O que prometo é que vou trabalhar para dar alegrias aos torcedores. E é nisso que acredito, o que posso dizer é que tenho que convencer os torcedores do Benfica. Quando cheguei do outro lado do Atlântico ninguém acreditava em mim. E não eram sete milhões, eram 50 milhões. E quando saí de lá, choraram por mim”.
Edição: Fábio Lisboa