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De uma hora para outra, os brasileiros tiveram que se adequar ao home-office. Apesar disso, a modalidade de trabalho tem agradado os trabalhadores que foram pegos de surpresa. É o que afirma uma pesquisa realizada pela empresa de recrutamento Robert Half, que constatou que, mesmo com o fim pandemia do novo coronavírus, 86% dos brasileiros querem continuar trabalhando em casa. O levantamento ouviu 800 pessoas de todo o país.

Para 52% das pessoas ouvidas, contudo, o home-office impôs uma maior carga de trabalho. Para Caio Arnaes, diretor de recrutamento da Robert Half, essa maior demanda de tarefas decorre do fato de que os profissionais gastem menos tempo com o deslocamento, o que possibilita uma maior produtividade. 

“Isso é por causa do descolamento. Pelo fato de o profissional não ter que deslocar para um escritório e não ter que se preocupar com um horário de volta, ou perder o horário do ônibus ou trem, isso faz com que as horas de trabalho estiquem um pouco a mais.”

A empresa em que a social media Elles Roxele Londres trabalha resolveu aderir ao home-office de vez e, mesmo após o fim das restrições de isolamento social, os funcionários irão trabalhar remotamente. Ela comemora a decisão, mas afirma que para garantir a produtividade é preciso ter disciplina e foco.  

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“Aquele período que você está no seu espaço, você está produzindo, você precisa de concentração e não pode ser interrompido. Então, eu conversei com a minha família, expliquei a situação, falei dos meus horário e agora está bem melhor. Eles conseguem respeitar, às vezes eu saio, tomo um café, converso um pouco e volto para a minha atividade.”

Para Juliana Guimarães, especialista em novas modelos de trabalho, “o maior desafio, tanto para as empresas como para os colaboradores, foi  fazer a adequação de rotinas, processos e indicadores de desempenho para uma realidade que eles não estavam preparados.”

Entre os entrevistados que veem pontos positivos no home-office, 67% disseram que conseguem realizar todas as tarefas mesmo trabalhando remotamente e 49% contaram que o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal melhorou por não precisarem mais se deslocar ao local de trabalho. Mas a grande maioria dos entrevistados (74%) estão preocupados com a perda de seus empregos. 

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