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Moeda norte-americana vinha em tendência de queda

O dólar fechou em alta ante o real nesta terça-feira (9), com o mercado de câmbio doméstico seguindo uma correção global nesta sessão, depois de dias de frenético rali em ativos de risco por causa do otimismo com a recuperação econômica.

O dólar à vista subiu 0,69%, a R$ 4,8885 na venda.

Na B3, o dólar futuro tinha ganho de 1,41%, a R$ 4,8960 , às 17h19.

A cotação vinha de 11 quedas dentre 14 pregões e na véspera acumulou baixa de 17,73% desde a máxima recorde de fechamento –de R$ 5,9012, alcançada em 13 de maio.

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Também na segunda, a divisa rompeu pela primeira vez desde janeiro a média móvel de 100 dias, indicador técnico acompanhado de perto pelo mercado que, se tocado, pode atrair compras.

No exterior, o dólar subia contra outras divisas emergentes neste pregão, também após dias de perdas. No mercado de ações, o índice S&P 500 da Bolsa de Nova York fechou em queda, e o brasileiro Ibovespa pôs fim a uma série de sete altas consecutivas.

Para Ettore Marchetti, sócio e cofundador da Trafalgar Investimentos, o câmbio no atual patamar não parece estar desnivelado em relação ao equilíbrio de curto prazo, o que pode reduzir o espaço para quedas adicionais daqui para frente.

Além disso, ele chama atenção para o risco de novamente o tema política monetária influenciar as cotações, já que, em sua avaliação, o Banco Central ter soado mais “dovish” –em linhas gerais, inclinado a mais cortes de juros– do que antes.

“É uma novidade de política monetária chance de o juro ir a 2%”, afirmou. A desvalorização do real nos últimos tempos tem sido associada também à queda nas taxas de retorno da renda fixa brasileira, na esteira do declínio da taxa básica de juros (Selic) a mínima recordes e ao aumento da percepção de risco para o país. A Selic está em 3% ao ano.

“Taticamente, estamos comprados em dólar, porque o equilíbrio de curto prazo está mais para R$ 5,10, R$ 5,15”, completou.

Ainda sobre política monetária, o foco dos mercados na quarta se volta para o Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos). Não se esperam grandes mudanças nas medidas atuais, mas investidores vão analisar com lupa avaliações dos membros do BC norte-americano sobre a atividade econômica e talvez o rali dos mercados nas últimas semanas.

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