Entre diversas memórias, fatos históricos e personagens citados nas mais de 800 páginas do livro “Alegrias e Tristezas – Estudos Sobre a Autobiografia de D. Isabel do Brasil”, foram mencionados o acervo do Museu “Mariano Procópio”, como a maior instituição museológica sobre o Império, depois do Museu Imperial, em Petrópolis (RJ), e uma das importantes figuras que contribuíram para a formação deste espaço de memória, a Viscondessa de Cavalcanti (1852-1946), prima de Alfredo Ferreira (1865-1944), fundador da instituição.
A publicação, escrita pelos historiadores Bruno da Silva Antunes de Cerqueira e Maria de Fátima Argon, é resultado de pesquisa de décadas, e contou com a colaboração de diversas pessoas, como D. Pedro Carlos de Orleans e Bragança e Bourbon, bisneto de D. Isabel (1846-1921), além de outros membros da família, historiadores e museólogos.
No arquivo histórico do Museu “Mariano Procópio” estão 27 cartas da princesa para Amélia Machado Coelho Cavalcanti de Albuquerque, a Viscondessa de Cavalcanti. Em correspondência datada de 1877, D. Isabel a convida para participar de comissão de senhoras encarregadas de obter donativos para um bazar que seria promovido a favor das vítimas das secas nas províncias do Império. Além desta carta, no acervo do Museu estão outros documentos, que evidenciam a proximidade das famílias do comendador Mariano Procópio (1821-1872), pai de Alfredo Ferreira, e a Imperial.
Foto: Vinícius Ribeiro