Aberto em 31 de maio, o Cadastro Municipal de Cultura de Juiz de Fora ultrapassou nesta sexta-feira, 26, 1.500 nomes registrados. O levantamento é coordenado pela Fundação Cultural “Alfredo Ferreira Lage” (Funalfa) e tem como objetivo mapear os agentes do sistema cultural da cidade, incluindo artistas, produtores, técnicos, especialistas, gestores, oficineiros, professores e todos os outros profissionais que atuam nesse mercado.
O Cadastro ficará aberto, em caráter permanente, pelo link funalfa.com.br/cadastro, e um plantão tira-dúvidas oferecerá atendimento gratuito pelo telefone 3690-7036, de segunda a sexta-feira, das 14 às 18 horas. Quem optar pelo atendimento presencial na sede da Fundação (Avenida Rio Branco, 2.234 – Centro) deverá fazer agendamento pelo mesmo número.
A partir de segunda-feira, 29, a Praça CEU (Centro de Artes e Esportes Unificados “Coronel Adelmir Romualdo de Oliveira”) também funcionará como ponto de apoio para o Cadastro Municipal de Cultura, com atendimento presencial (Avenida Juscelino Kubistchek, 5.899 – Bairro Benfica) ou por telefone. Em ambos os casos, o contato deverá ser feito pelo telefone 3218-1020, das 12 às 18 horas.
Conforme o diretor-geral da Funalfa, Zezinho Mancini, o Cadastro deve subsidiar e redirecionar políticas públicas de fomento à cultura, permitindo que obtenham maior pluralidade, alcance e efetividade. Ele acrescentou que esse banco de dados já vinha sendo planejado há algum tempo, e acabou se tornando ainda mais importante e urgente com a chegada da pandemia de covid-19: “A suspensão de eventos e fechamento de escolas e outros espaços de cultura impactaram duramente a classe artística. Muitos trabalhadores da área estão passando por dificuldades financeiras graves. Conseguimos adaptar o questionário inicial, acrescentando perguntas para entender melhor o impacto do isolamento na rotina desses profissionais e o tamanho do prejuízo”.
Zezinho explicou que a ideia é de que o cadastro ajude a identificar trabalhadoras e trabalhadores da cultura, podendo ter direito ao auxílio proposto pela Lei 1.075 de Emergência Cultural, batizada de Lei “Aldir Blanc”. O projeto já passou pela Câmara Federal e deve ser assinado pelo presidente da República até o próximo dia 30.
Paralelamente, o Município integra rede de gestores públicos de cultura que procura entender a melhor forma de regulamentar e operacionalizar a nova lei. “Temos promovido e participado de encontros com representantes de vários municípios mineiros e também do Governo do estado, para traçar estratégia capaz de permitir que os recursos cheguem às mãos das pessoas que precisam deles. O nome já diz que se trata de socorro emergencial, requer agilidade, mas, ao mesmo tempo, é imprescindível prezar pela transparência e lisura do processo. Esses são alguns dos pontos em discussão pelos gestores culturais”, avaliou Zezinho Mancini.
O diretor-geral da Funalfa lembrou que o sucesso do Cadastro Municipal de Cultura depende da divulgação, para que a informação chegue a todos os interessados: “Pedimos o apoio de todos os que possam dar publicidade a esse mapeamento. Informem aos amigos, compartilhem nas redes sociais. A cidade, certamente, tem mais pessoas envolvidas na roda da cultura”.