O governador Romeu Zema esteve na Base Bravo, em Brumadinho, na tarde desta quinta-feira (3/9), para reafirmar seu compromisso com a localização de todas as vítimas do rompimento da barragem do Córrego do Feijão, da mineradora Vale. A base é o centro operacional do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG) no município. No local, Zema também agradeceu aos integrantes da corporação pelos esforços.
“Meu contato com os familiares é contínuo. Para eles, nada é mais importante do que resgatarmos seus entes queridos. É um sonho meu que, nos próximos meses, consigamos resgatar as vítimas que ainda estão aqui e dar essa dignidade que todas as famílias merecem”, afirmou o governador diante de parte do efetivo que realiza as buscas.
Perderam a vida no desastre, ocorrido em 25 de janeiro, 270 pessoas, ou joias, como passaram a ser chamadas por seus familiares. Duas vítimas estavam grávidas.
Retomada
O Corpo de Bombeiros retomou em dia 27 de agosto, com um efetivo de 60 militares, as buscas na região devastada pela avalanche de rejeito de minério. Em 21 de março, após quase 14 meses de trabalho ininterruptos, os trabalhos haviam sido suspensos em razão da pandemia causada pela covid-19.
O comandante-geral do CBMMG, coronel Edgard Estevo da Silva, afirmou que os militares continuam empenhados na missão de dar continuidade à maior operação de buscas da corporação para resgatar as 11 joias que ainda não foram encontradas.
Na operação, já foi empregado um efetivo de mais 3.600 militares, que localizaram, até o momento, 259 vítimas.
Protocolo
No mês passado, o Corpo de Bombeiros teve aprovado, pela Secretaria de Estado de Saúde (SES), o protocolo que regulamenta a retomada das atividades de busca no perímetro do desastre, que foi devidamente preservado para possibilitar a retomada da operação.
Entre as obrigações previstas em protocolo estão o uso de máscara e óculos de proteção, verificação de temperatura dos integrantes, utilização de equipamentos de proteção individual (EPIs) e afastamento imediato em caso de sintoma de resfriado ou gripe. Além disso, militares do grupo de risco não integrarão os trabalhos.