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Alberto Fernández diz que país deveria voltar à quarentena absoluta

A Argentina registrou, nas últimas 24 horas, 1.141 novos casos confirmados de covid-19. Foi a primeira vez que o país ultrapassou mil casos em um dia. Do total de casos, 94% (1.080) foram registrados na Grande Buenos Aires. No mesmo período, foram registradas 24 mortes no país. O presidente Alberto Fernández falou que, pela velocidade de contágios, o país deveria estar em quarentena total.

O governo argentino decretou isolamento social, preventivo e obrigatório no dia 20 de março. A quarentena no país foi prorrogada diversas vezes e agora foi estendida para o dia 28 de junho, com algumas flexibilizações, como saídas noturnas para a prática de exercícios físicos. Até o momento, o país tem 24.761 casos confirmados de contaminação pelo novo coronavírus e 717 mortes.

O país vem apresentando um número crescente de casos, com mais de 900 confirmações diárias diversas vezes na última semana. O maior número de casos havia sido registrado no último dia 6, quando foram 983 em um único dia.

O presidente do país, Alberto Fernández, expressou hoje (10) preocupação com a doença, principalmente na região metropolitana de Buenos Aires. “Uma das coisas que levamos em conta é a velocidade de contágio, que hoje é a mais alta desde o dia zero, de modo que, na verdade, deveríamos estar na fase 1, de quarentena absoluta. Há uma série de pedidos, todos legítimos, para acabar com a quarentena. Isso multiplica os riscos”.

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Na semana passada, Fernández explicou que algumas cidades do país passariam da fase 1, de “isolamento total”, quando todos (exceto os trabalhadores de atividades essenciais) deveriam ficar em casa, para a fase 2, de “distanciamento social”, onde algumas flexibilizações seriam feitas. As cidades da região metropolitana de Buenos Aires, onde estão a maioria dos casos, seguem em quarentena obrigatória.

“Sabíamos desde o primeiro dia que teríamos um crescimento sustentado dos casos. Nossa política era adiar isso para dar tempo ao sistema de saúde para se preparar. Estamos cumprindo esse objetivo. O pico demorou e pode estar acontecendo. Não sabemos. Mas o problema ainda não foi superado, por isso devemos ter muito cuidado”, afirmou Fernández.

O governador de Buenos Aires, Axel Kicillof, afirmou em sua página no twitter que “infelizmente, os casos continuam a crescer na AMBA (Área Metropolitana de Buenos Aires), o que significa que o risco está avançando e que estamos entrando nas semanas mais difíceis. Sabemos que é muito difícil e cansativo, mas é hora de redobrar a paciência, o esforço e a solidariedade para cuidar-nos. Não abaixemos os braços, não corramos riscos desnecessários e, acima de tudo, continuemos protegendo o mais importante: a vida e a saúde de todos”.

Em um anúncio feito na manhã de hoje, representantes do Ministério da Saúde da Argentina, informaram que, entre os contaminados, 4% foi infectado em viagens, 41% tiveram contato estreito com pessoas que testaram positivo, 38% foram por contágio comunitário e os outros 17% ainda estão sendo investigadas as razões.

Foi informado ainda que o país realizou mais de 208 mil testes até o momento e que há 263 pessoas em unidades de terapias intensivas, sendo que 233 delas estão na Grande Buenos Aires. As pessoas que já tiveram alta são 7.991.

Edição: Valéria Aguiar

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